segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Dicas sobre luzes para bikes de Btt

Seja para um inverno de noites escuras ou para um verão de 24 horas de corrida, significa essencialmente, ter umas boas luzes. No entanto, o mercado é muito diversificado e potencialmente confuso. Vou tentar dar a informação, para tudo fazer sentido e escolheres o teu par perfeito.

Qual a luz perfeita?
Temos alguns conjuntos a reivindicar 2.600 lumens, assim sendo nunca a noite se tornou uma brilhante experiência, como agora. Significa estes valores que podemos trilhar singles mais rápido do que nunca, apesar de não tornarem a noite em dia. Entretanto, mesmo utilizando 2 fontes de luz, que é o que normalmente se utiliza (guiador e capacete), acabamos por ver só uma pequena imagem do que nos rodeia, o que por vezes dificulta vê-la inserida no resto da paisagem, pelas texturas e os detalhes da superfície, que é primordial para avaliar a aderência.
No entanto, nalgumas zonas húmidas e arborizadas ou com alguma neblina/nevoeiro, ter luz a mais pode causar um aumento do brilho e dificultar a visão. Com luzes mais fortes, para além de algum exagero, faz com que não nos concentremos muito mais longe do que necessitamos para a avaliação de um trajecto seguro. São úteis, aí sim! quando levamos alguém atrás e se tiver luzes mais potentes que as nossas, acabamos por andar na nossa sombra, o que torna de repente um trilho seguro em inseguro.

Como regra básica, qualquer coisa abaixo de 100 lux a 5 metros significa que estás tropeçando muito lentamente em tudo e em todos. Com 150 lux é suficiente para um capacete, mas para um guiador é fraco pelo seu alcance. 200 lux é suficiente para andar confiante a meia velocidade na maioria dos traçados, com 300 lux, significa que podes intensificar o ritmo correctamente na maioria dos locais.

Investe num bom conjunto de luzes e para além do verão, também servirá numa noite de inverno.

Quais os componentes chave e como decidir

LED’s

Neste momento a melhor solução na iluminação será a utilização de LED’s.

A maioria das luzes agora usam LEDS (Ligth Emitting Diodes), uma vez que produzem mais luz com menos energia que uma lâmpada convencional e são muito menos frágeis do que as lâmpadas HID. Avanços tecnológicos fazem que o desempenho evoluisse bastante e em cada nova temporada há melhorias significativas. Faz com que os preços baixem e assim tornar a escolha que por vezes estava difícil torná-la mais fácil de decidir.
Invólucro

O corpo da lâmpada abriga os led’s, ópticas e os circuitos electrónicos. O seu design é crucial na redução de sobreaquecimento, do seu peso total e da quantidade de luz.
Óptica

A combinação de lentes (em frente da fonte de luz) e o reflector (por detrás) controla a propagação de profundidade e da consistência da iluminação. As “spot” são óptimas para a visão de longo alcance a altas velocidades ou usar no capacete, mas não tão boas em singletrack estreitos. Com mais inundação de luz, adicionando spot’s por exemplo, de forma a ter maior cobertura de luz em detrimento da profundidade.

Ter mais luz, geralmente permite que te apercebas dos detalhes mais rapidamente e logo, andar mais rápido. Entretanto, tens que ter em mente, que para ter melhor luz envolvente, para uma melhor percepção da profundidade e da consistência do trilho, luzes menos potentes no capacete e no guiador uma luz “larga” em detrimento de uma luz poderosa e única.

Confiança

Tendo em conta que hoje em dia é uma mistura de elementos electrónicos, a alta temperatura de funcionamento, baterias potentes, lama, chuva e acidentes, não é fácil transmitir confiança. No entanto, a grande maioria é que as luzes disponíveis no mercado dão alguma credibilidade e fiabilidade.
Se algo correr mal, qualquer posto de venda responsável não terá qualquer problema em substituir, mesmo até nas vendas por internet.

Suporte

Uma grande lâmpada não adianta, se não der para colocar no guiador ou pelo seu peso mantendo aquela oscilação irritante apontando por vezes o caminho errado daquele que pensamos fazer. Um suporte fraco, com as tais oscilações permanentes numa descida rochosa, é uma receita para um acidente, ou uma lâmpada mal colocada/fixa no capacete, para além de “arrastar” o capacete, vira para baixo e fará com se fique com uma enorme dor de pescoço, com a constante correcção da trajectória de luz.
Certifica-te que podes colocar as luzes onde queres e que vai fazer em pleno o seu trabalho. Verifica se a luz “maior” vai caber na espessura do teu guiador sem ser necessário colocá-lo num ângulo maluco. A maioria usa clips e espaçadores próprios, mas por vezes um simples O-ring são uma óptima solução simples.

Para o capacete, uma lâmpada leve e suficientemente confortável e segura, em vez de uma dor de pescoço. Verifica se o cabo de alimentação (existente nalguns modelos) é incluído ou se é opcional.

Bateria

Com os led’s, tornaram-se mais leves e resistentes e com baterias de Lítio (Li-lon) revolucionaram a iluminação no btt em comparação com as NiMH. Eficiência da bateria e lâmpada ainda darão muito que falar, não julgo que pelo tamanho e/ou Ah (ampere-hora), mas sim pela capacidade de executar para aquilo que foram feitos e garanta todos os pressupostos atrás referidos. Quanto mais longo o trajecto, mais bateria precisas. Ser capaz de fazer uma descida em pleno ou parar para consertar uma deficiência mecânica sem se preocupar se no final ficamos isolados no escuro. Também as temperaturas negativas, ameaçam drasticamente a vida de uma bateria.

Interruptor

Ser capaz de alterar os níveis de potência necessários, de modo a permitir a controlar a vida real da bateria, ou seja, permitir ajustar a luz necessária. Fácil de operar, enquanto estiveres andando de bike, mesmo com luvas, mas ser difícil de operar acidentalmente.

Carregador

É a peça mais esquecida no pacote das luzes. Existem carregadores com porta USB que dão para ligar através da tomada ou através do PC, permitindo que alteres os níveis de iluminação.

A maioria dos carregadores actuais usa circuitos inteligentes para uma carga rápida inicial, não danificando a bateria. No entanto, carrega em velocidades reais se és daqueles que se lembra da bateria uma hora antes do passeio.

Luzes separadas ou all-in-one?

Vários fabricantes estão a optar para a opção tudo em um. Para além de tornar a montagem mais fácil e versátil, torna-se mais “arrumada” com uma configuração mais personalizada, no entanto, por vezes não é compatível com o capacete. Ao longo do tempo, são sistemas menos actualizados do que os modulares.

Luzes no capacete e no guiador, geralmente, é a melhor opção.

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